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ÍDOLOS

NILTON SANTOS

NILTON SANTOS
Tão adorado quanto Garrincha. Tão respeitado quanto Pelé. Com sua habilidade e categoria, Nilton Santos ultrapassou o conceito de maior lateral-esquerdo da história do futebol mundial. Ao ser chamado de "A Enciclopédia do Futebol", teve de forma definitiva o merecido reconhecimento de sua incrível capacidade de encarar o torcedor. Em toda sua carreira jogou apenas no Botafogo e, além da do Glorioso, a única camisa que usou foi a da Seleção Brasileira. No Botafogo, disputou 723 partidas, marcando 11 gols. Na Seleção, fez 86 jogos, marcando 3 gols.
Segurança na marcação era uma de suas virtudes. Com sua dinâmica de jogo, tornou-se o precursor dos laterais que buscavam o ataque, tendo marcado um gol na Copa de 1958, contra a Áustria, fato raro na época em que lateral era apenas marcador de ponta. Se taticamente tinha sua importância para o esquema do Botafogo e da Seleção, foi fora de campo que marcou um de seus mais belos gols: quando, após enfrentar Mané Garrincha num treino, Nilton praticamente forçou o Botafogo a contratar o então desconhecido ponta-direita.
Outra jogada de gênio sempre lembrada aconteceu contra a Espanha, na Copa de 1962, no Chile. Nilton derrubou o atacante espanhol muito perto da linha lateral da grande área, sem estardalhaço. Para sorte do Brasil, enganado, o árbitro não percebeu e acabou marcando falta fora da área.
No alvinegro, Nilton Santos foi campeão carioca quatro vezes (1948, 1957, 1961 e 1962) e conquistou dois Torneios Rio-São Paulo ( 1962 e 1964). Foi bicampeão mundial pela Seleção Brasileira, em 1958 e 1962, e esteve também nas Copas de 50 e 54. Nunca perdeu uma decisão e, assim como Garrincha, foi eleito, em pesquisa feita pela Fifa em 1998, para seleção da de todos os tempos. Após encerrar a carreira, Nilton chegou a fazer parte da cúpula do futebol do Botafogo, mas sua carreira como dirigente deixou de existir quando mandou, com um direito, o então árbitro Armando Marques escada abaixo no Maracanã.
Nilton dos Santos nasceu dia 16 de maio de 1925, na Ilha do Governador. Faleceu em 27 de novembro de 2013.

"Quanta majestada no trato de uma bola! O moço jamais fez um truque com a bola. Só fazia arte. Nilton não era um jogador de futebol, era uma exclamação. Tu em campo parecias tantos/ E, no entanto – que encanto – eras um só: Nilton Santos".
(Armando Nogueira).